junho 09, 2014

EDUCAÇÃO: FOCUS MOÇAMBIQUE

Existe um descontentamento generalizado dos professores em relação ao seus ordenados (salários). Mas o mais preocupante no meu entender devia ser as condições de trabalho, pois a situação em que os professores e alunos estão sujeitos no Processo de Ensino e Aprendizagem deixa preocupado qualquer pedagogo. Podemos dizer que vários governos, sobretudo de CHISSANO E GUEBUZA (20 anos no Total), perderam uma boa oportunidade para investir na Educação. É comum encontrar nas zonas interiores de Moçambique uma infraestrutura de material precário, algo que se parece com uma Capoeira de Patos, mas que foi construído pelo governo para servirem de salas de aulas. Isto é uma falta de respeito pela vida humana, falta de respeito pela população do interior e falta de respeito da classe docente.
Associado a este aspecto, as salas de aulas não oferecem quadro preto, não oferecem carteiras, a higiene é precária visto que algumas não tem casas de banho (banheiro ou WC/toilets) e as necessidades menores são feitas ao relento. É uma utopia falar de biblioteca, a maioria dos professores não tem fornação num país que temos uma Universidade Pedagógica que diariamente lança para o mundo milhares de profissionais em ensino, psicopedagogia, educação, entre outros.
Ao leres este post, parece até ficção, acorda isso tudo é real. O futuro do país está comprometido. Agora, os mega-projetos recorrem ao estrangeiro para recrutar a mão-de-obra porque em Moçambique quadro para áreas dos recursos mineiras contam-se aos dedos. Como é que em quatro (4) décadas não conseguimos formar quadros para essas áreas? Ora, se não temos quadro, qual é a pressa em explorar essas minas se de longe irão beneficiar-nos?
Antes de nós definirmos os nossos FOCUS individuais, parece que o nossos governantes deviam sonhar com Moçambique e definir o FOCUS para o desenvolvimento económico coletivo porque se queremos a Unidade Nacional então tem que existir um Programa de Desenvolvimento Nacional. Neste programa, a Educação deve ser a força motora e não apenas uma propaganda política. O professor deve ser valorizado não apenas a nível salarial mas também em termos de condições de trabalho.